Strategy Execution Summit – Resenha dia 28/06

O segundo dia do Strategy Execution Summit teve início com apresentações da equipe do Eyes on the Future, que fez uma revisão da história do Brasil e como isto gera desafios para que o País consiga aproveitar as oportunidades de crescimento. Apresentou diversos parâmetros de avaliação da situação econômica e social, e como eles atuam sobre os fatores de desenvolvimento.

André Ribeiro Coutinho e Fanny Schwarz, ambos da Symnetics, apresentaram os resultados da pesquisa que realizaram junto a 162 líderes empresariais sobre como estão enfrentando as necessidades de revisão das estratégias de crescimento dos negócios sob diversos aspectos: gestão de risco, de pessoal, financeiro,  sustentabilidade, entre outros fatores que impactam os negócios. É ponto comum que há necessidade de ter novo posicionamento e buscar formas inovadoras de gestão. No entanto, há dificuldade em definir os primeiros passos e prioridades.

Divaldo Rezende, representante do Governo do Tocantins, participou do painel Em Busca da Excelência na Gestão Pública, apresentando como o governo do seu estado está conseguindo obter resultados efetivos com a adoção de práticas empresariais de gestão. O Tocantins tem hoje um plano de longo prazo a ser executado, elaborado a partir de premissas que tragam melhores resultados para a sociedade com o uso racional dos recursos públicos.

A Trilha 1 foi coordenada por Kent Potter e Nancy Potter, do Bennion Group, que presta consultoria para empresas com a finalidade de elevar o valor das mesmas no mercado. Um dos focos é o da inteligência competitiva, da qual as empresas devem se valer de recursos para avaliar estratégias de seus concorrentes, e assim poderão traçar suas próprias e garantir um bom lugar no mercado. As empresas ao usarem de inteligência para saber as estratégias de seus concorrentes, devem estar precavidas e protegerem seus próprios segredos. Os meios tecnológicos são ferramentas importantes, principalmente a internet, que fornece dados que podem ser úteis em previsões mercadológicas. Kent Potter ressalta a necessidade das empresas de se modernizarem e mudarem seu modus operandi e disse: “Ninguém vive em um mundo que nunca muda, a não ser que esteja morto. Eu creio que cada companhia tem algum tipo de “inteligência”, pelo menos eu espero que tenha. Mas realmente espero que eles saibam o que é possível e o que está disponível”.

Trilha 2 contou com a participação de Alberto Camões, da Stratus, e de Tarcísio A. Queiroz, do Grupo Cemig, para tratar das questões de governança corporativa dentro do novo cenário empresarial. Os conselhos de administração devem trabalhar mais alinhados com as equipes de gestão de modo a permitir melhor fluidez das emandas. Os conselhos devem ter mais flexibilidade em termos de avaliar tais emandas e indicar os caminhos mais prontamente. O foco dos conselhos deve ser a formulação de ideais de longo prazo que deem sustentação às ações da equipe diretiva. A relação entre conselho e corpo diretivo deve ser repensado para se adaptar à dinâmica atual do mercado.

A Trilha 3 tratou da questão da desindustrialização no Brasil e em como a excelência operacional pode contribuir no reposicionamento das empresas. Paul de Janosi, presidente do grupo Celerant, destacou que “todo mundo tem a mesma preocupação: como dar o primeiro passo? As pessoas têm uma dificuldade enorme em inovar, talvez seja uma tendência cultural, vejo isso em vários países e em vários setores. Sempre escolhem o caminho que já conhecem, e esse caminho nem sempre é o mais proveitoso”. Há um grande desafio para que empresários se abram para novas alternativas de gestão, buscando e adotando novas práticas gerenciais. Paul de Janosi promoveu entre os participantes do workshop uma breve sessão de análise de caso para motivar a reflexão sobre as atitudes dos empresários frente a um desafio de proposta de gestão empresarial.

Trilha 4 – Casos de Sucesso no Setor Público – Erik Camarano  (MBC) e Domingos Naveiro  (INT) destacaram no painel que há uma mudança em curso na forma como o setor público se relaciona com o privado em busca de novas alternativas para enfrentarem os desafios de gestão. Diversos municípios e estados buscam o apoio de grandes empresas e organizações para encontrarem alternativas de gestão de sucesso que possam ser aplicadas nos governos.

Trilha 5 – Casos de Sucesso no Setor Privado – Jaime José Vergani, diretor de suprimentos administrativos e finanças da Randon, contou como a empresa chegou a uma receita anual de quase R$ 2 bilhões. E apontou os principais diferenciais que fizeram parte da aceleração desse crescimento. Adelso Ferreira Tavares Júnior, diretor de marketing da Algar Tecnologia, mostrou que o segredo dessa empresa que trabalha com os mais variados segmentos é uma estratégia similar para todos. Alessandra Rodrigues, gerente do PMO Corporativo América Latina da Serasa Experian, disse que a receita brasileira de informações de crédito, é, sim, um sucesso mundial.

David Kupfer, assessor da presidência do BNDES, encerrou as atividades do dia abordando os desafios para o crescimento do Brasil e os impactos para as organizações. Reforçou a necessidade das organizações adotarem as práticas de inovação e promover as diversas competências do País em termos de recursos naturais e humanos, para que possa aproveitar as oportunidades atuais no cenário mundial.